Todos os Sábados - 21h
Manuca Bandini
Andei procurando algo que me fornecesse as informações necessárias para, aqui no blog, iniciar um release sobre nosso Bandini.
Bem, eu realmente não encontrei o que esperava, no entando, tive uma grande surpresa ao ler um depoimento que está postado em seu mayspace. Decidi então, postá-lo aqui.
Desejo que também sintam o mesmo que senti. Que fiquem deslumbrados, encantados e ainda mais curiosos e ávidos como eu, por percebê-lo em sua essência, em sua transparência, acompanhando cada palavra de seus versos sábios e musicalidade, simplesmente, geniais!
BIO
Manuca Bandini
"Psiciano arretado. Sempre anda meio desligado, naquela onda de distraído vencedor. Não por querer, mas porque acontece. Compositor e poeta. Musicalmente falando, talento é um substantivo fraco e seria adjetivamente inadequado. Como poeta, sua onda é o haikai, simples e singelo como ele. Começou cuidando das flores do meu jardim. Unhas sujas, sob o sol, jardineiro. Apresentou-se ao meu pai como Manoel. Logo conquistou espaço na família, por sua simplicidade e seu carinho pelas flores queridas, plantadas pelo meu falecido avô. Chamava-o de "Manel". Sob meu ponto de vista, aquela criatura era intrigante. Passei algum tempo pensando em como puxar assunto e descobrir de que planeta tinha vindo aquele mistério. Eu não sabia nada sobre plantas e resolvi elogiar seu trabalho e esforço com o pé de laranja. Ele corrigiu-me dizendo: é um pé de limão. E riu. Rimos. E de risos em risos, descobri que o jardim da minha casa estava abrigando um ARTISTA. E que ele não tinha a menor dimensão disso. Sequer pretensão. Manel era Manuca, ex-integrante da banda "Manuca & A Corja Bamba". Nunca tinha ouvido as músicas, mas obviamente essa banda já tinha sido objeto de comentários de muitos dos meus amigos. Imediatamente fui buscar meu violão todo arrebentado, dado em 1996. Ele olhou pro meu violão com uma certa expressão de quem sabia tratar melhor de um instrumento. Besteira, eu também tinha nojo das unhas dele, então ficamos quites. Afinou e danou-se a tocar suas músicas. Eu via, ouvia, mas crer, eu não cria. Os acordes, a voz, era tudo uma combinação mágica, dessas que Recife não nos oferece todos os dias. O que esse Músico tá fazendo aqui em casa, literalmente planta(n)do? Disse-me que tinha desistido dos palcos, mas nunca da música e que havia alguns artistas na cidade que tinham gravado suas composições. A partir daí, eu conheci não só a face musical, mas também poética (Muito embora sua música fosse pura poesia). Ensinou-me sobre haikais, poemas de 3 versos que ele fazia bem como ninguém. Inclusive, o haikai era o terceiro elemento de sua arte: Jardinagem, Música e Poesia. Várias noites passei analisando seus haikais, de manhã, ao sair, olhava para as rosas do meu pai e me flagrava cantarolando versos de sua música. Apresentou-me também os poetas Paulo Leminski e Alice Ruiz (Muito Obrigada!). Não ousei contar esses segredos a ninguém da família. Era coisa nossa, trelas. Outra coisa que percebi: ele pode entender de Música, Poesia e Jardim, mas de Computador, Internet e Conectividade ele estava completamente pontofora. Estava não. ele está. Peculiaridades de gênios à la Rimbaud. Resolvi tomar partido dessa questão, dando uma arrumadinha nesse myspace, adicionando vídeos, mais músicas e escrevendo aqui. Quem sou eu? Apenas uma pessoa que tinha conversas com meu jardineiro." Merci, du jardin.
Manuca Bandini vem participando do Projeto Música Autoral Pernambucana. A partir de hoje, 17.09.11, está em destaque nas
noites de sábado.
Ouvi e senti as canções de Manuca Bandini.
Vi Bandini e seu violão de uma só forma contidos, encaracolados, entrelaçados como se fossem um; Ouvi de sua boca, mais do que as palavras e os sons. Feitiço, magia, o que é isso Bandini?
Caro Bandini, você é especial e nos faz sentir o que não imaginamos!
O que diria sobre Bandini, agora, depois do que li e depois de conhecê-lo?
Direi, apenas o que sinto, porque falar da trajetória de Bandini, não faria sentido neste instante.
"Bandini, por vezes, tão profundo que parece distante; tão simples que parece estranho, fora da realidade; tão liberto e ao mesmo tempo fincado ao chão, como sementes que vingaram, que entre rimas e versos se encantaram.
Bandini, raízes profundas há muito já se fizeram! Hoje, muitas folhas ao vento não se perdem no ar, soam como em compassos, definições, entre as palavras e sons. Ah, as folhas que transpiram gotas de orvalho em forma de sentimento! Muitos frutos semeiam versos ao chão, compondo canções como alimento sem fim; como um horizonte distante, que vem chegando sem pressa, pertinho se mostra, nos surpreende, e em forma de sentimento constante se instala, como raízes profundas, pra sempre, na alma da gente"
Marisa Reis
Convido os nossos amigos, artistas, gente que admira e faz cultura, amantes da arte para ouvi-lo além das palavras, sentir a essência contida na harmonia entre seus versos e melodias.
Todos os Sábados - 21h
Terraço de Olinda: Rua 7 de Setembro, 109 - Carmo - Olinda - PE
F: 34297751
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